A CIGARRA E AS FORMIGAS
FÁBULAS DO ESOPO
Num belo dia de inverno as formigas estavam tendo o maior trabalho para secar suas reservas de trigo. Depois de uma chuvarada, os grãos tinham ficado completamente molhados. De repente aparece a cigarra:
- Por favor, formiguinhas, me deem um pouco de trigo! Estou com uma fome danada, acho que vou morrer.
As formigas pararam de trabalhar, coisa que era contra os princípios delas, e perguntaram:
- Mas por quê? O que você fez durante o verão? Por acaso não se lembrou de guardar comida para o inverno?
- Para falar a verdade, não tive tempo - respondeu a cigarra - Passei o verão cantando!
- Bom... Se você passou o verão cantando, que tal passar o inverno dançando? - disseram as formigas, e voltaram pata o trabalho dando risada.
MORAL DA HISTÓRIA : Os preguiçosos colhem o que merecem.
ENTENDENDO O TEXTO
1. De acordo com o texto, para que as formigas reservaram comida durante o verão?
2. A cigarra fez o mesmo? Por quê?
3. E que consequencia isso trouxe para ela?
4. O que você achou da atitude das formigas? Por quê?
5. O que você acha que aconteceu com a cigarra? Por quê?
6. Qual foi a moral da história?
7. Ilustre a fábula.
LEIA AGORA UMA OUTRA VERSÃO DESTA HISTÓRIA!
A CIGARRA E AS FORMIGAS
(MONTEIRO LOBATO)
Havia uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé dum formigueiro. Só parava quando estava cansadinha; e seu divertimento então era observar as formigas na eterna faina de abastecer as tulhas.
Mas o bom tempo afinal passou e vieram as chuvas. Os animais, todos, arrepiados, passavam o dia cochilando nas tocas.
A pobre cigarra, sem abrigo em seu galhinho seco e metida em grandes apuros, debilitou socorrer-se de alguém.
Manquitolando, com uma asa a arrastar, lá se dirigiu para o formigueiro. Bateu - tique-taque, tique....
Aparece uma formiga friorenta, embrulhada num xalingo de paina.
- Quem quer? - perguntou, examinando a triste mendiga suja de lama e a tossir.
- Venho em busca de agasalho. O mau tempo não cessa e eu... A formiga olhou-a de alto a baixo.
E o que fez durante o bom tempo, que não construiu sua casa?
A pobre cigarra, toda tremendo, respondeu depois dum acesso de tosse:
- Eu cantava, bem sabe...
- Ah! ... exclamou a formiga recordando-se. Era você então que cantava nessa árvore enquanto nós labutávamos para encher as tulhas?
- Isso mesmo, era eu...
- Pois entre, amiguinha! Nunca poderemos esquecer as boas horas que a sua cantoria nos proporcionou. Aquele chiado nos distraia e aliviava o trabalho. Diziamos sempre: que felicidade ter como vizinha tão gentil cantora! Entre, amiga, que aqui terá cama e mesa durante todo o mau tempo.
A cigarra entrou, sarou da tosse e voltou a ser a alegre cantora dos dias de sol.
Moral da história: Os artistas: poetas, pintores, músicos, são as cigarras da humanidade.
1. Qual a diferença principal entre a fábula de esopo e a de Monteiro Lobato?
2. Qual das duas histórias você mais gostou?
3. Qu outra solução você daria para o final da história?